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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Campanha de Vacinação: Especialista alerta para risco da gripe em idosos

Campanha de vacinação contra Influenza é prorrogada no Rio Grande do Norte, a meta de vacinar 80% do público alvo



Com a prorrogação da campanha de vacinação contra Influenza até o dia 19 no Rio Grande do Norte, as atenções estão voltadas para a baixa adesão à campanha dos grupos prioritários e aos possíveis riscos causados pela doença, principalmente em idosos. Dos 163 municípios apenas 65 atingiram a meta de vacinar 80% do público alvo. A capital vacinou até agora 104 mil pessoas, o que corresponde a 62,68% da meta da campanha.
Apesar de não ser uma doença grave, e raramente provocar sintomas por mais de duas semanas; a gripe é responsável pela morte de milhares de pessoas, todos os anos, em razão da baixa imunidade, e/ou em decorrência do surgimento de outras doenças, como pneumonias.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 950 milhões de pessoas são afetadas pelo vírus da gripe anualmente, sendo que cerca de 500 mil acabam em mortes. “Considerando esses fatores, em 1999, Ano Internacional do Idoso, a vacina contra a gripe passou a ser distribuída, gratuitamente, a indivíduos com idade acima de 60 anos”, destaca o infectologista do Hapvida Saúde, Dr. Marcelo Maranhão.
O infectologista do Hapvida Saúde lembra que a vacina contra a Influenza está dentro da recomendação da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) para pessoas acima de 60 anos de idade. “As vacinas Reforço da Difteria e do Tétano (dT), Pneumocócica polissacarídea, Febre Amarela (dependendo da localidade e Influenza (gripe) protegem contra as principais doenças que afetam a faixa etária e são distribuídas gratuitamente em postos de saúde), alerta.
Riscos da gripe
A doença costuma ceder completamente dentro de uma ou duas semanas. A febre pode durar entre 3 e 8 dias; porém em idosos, a fraqueza causada pela gripe poderá durar várias semanas. Geralmente, a gripe cursa sem complicações e é autolimitada. No entanto, uma das complicações possíveis é a pneumonia – normalmente, não pelo vírus Influenza, mas por uma bactéria (pneumococo ou estafilococo, geralmente).
O médico lembra que além da pneumonia, outras infecções como sinusite, otite e bronquite (infecção dos brônquios – “canos” que espalham o ar nos pulmões) também são complicações possíveis. As pessoas com mais de 65 anos, de qualquer idade com alguma doença crônica e as crianças muito pequenas tem uma probabilidade maior de desenvolver complicações de uma gripe. Por outro lado, a gripe pode também desencadear uma piora em pessoas asmáticas ou com bronquite crônica e piora da condição de uma pessoa com insuficiência do coração, por exemplo.
Mitos
Apesar dos riscos da doença em idosos as pessoas acima de 60 anos não têm aderido à campanha conforme deseja o Ministério da Saúde. O médico do Hapvida lembra que informações equivocadas sobre a vacina compartilhadas acabam afastando as pessoas da campanha.
“Alguns pacientes perguntam se podem pegar gripe com a vacina e aproveito para alertar e explicar que a vacina contra a Influenza trata-se de uma vacina inativada (morta), incapaz de gerar doença. O sintoma mais associado após a vacina é vermelhidão no local da aplicação e febre, que ocorrem de 6 a 24 horas depois”, detalha.
Como o vírus da gripe é altamente mutante, a cada ano é disponibilizada uma vacina diferente pelo Ministério da Saúde, contendo novas cepas do vírus. Sendo assim, a validade da vacina é de 1 ano. Pelo mesmo motivo, mesmo vacinada, existe a possibilidade de uma pessoa desenvolver a gripe. No entanto, nestes casos, a doença se apresenta com sintomas bem mais brandos.

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